Heitor | |
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Andrómaca chora a morte de Heitor. | |
Heitor (em grego: Ἕκτωρ, transl. Hektōr) era, na mitologia grega, um príncipe de Tróia e um dos maiores guerreiros na Guerra de Tróia, suplantado apenas por Aquiles. Era filho de Príamo e de Hécuba. Com sua esposa, Andrómaca, foi pai de Astíanax.
Como o seu pai foi incapaz de combater, durante o cerco de Tróia feito pelos Aqueus, devido à sua avançada idade, Heitor foi nomeado general das tropas troianas. A sua força, coragem e eficiência na guerra foram enormes: nos poemas épicos de Homero, Heitor é responsável pela morte de 28 heróis gregos; nem Aquiles obtém um número tão grande (22 heróis Troianos caídos a seus pés). Pela voz do Destino, os Troianos estavam informados que as muralhas de Tróia nunca cairiam enquanto Heitor se mantivesse vivo.
Na Ilíada, Homero chama-o de "domador de cavalos", devido a preocupações de métrica e porque, de modo geral, Tróia era conhecida por ser criadora de cavalos. Na narrativa da Ilíada, no entanto, Heitor nunca é visto com cavalos. Outro epíteto que lhe é característico é "o do elmo flamejante".
Heitor contrasta fortemente com Aquiles. Se por um lado Aquiles foi essencialmente um homem de guerra, Heitor lutava por Tróia e por aquilo que esta representava. Alguns estudiosos têm vindo a sugerir que é Heitor, e não Aquiles, o verdadeiro herói da Ilíada. A sua repreensão a Polidamante, dizendo-lhe que lutar pela pátria era o primeiro e único presságio, tornou-se provérbica para os patriotas gregos. É por ele que podemos ver pormenores sobre como seria a vida em Tróia, em tempo de paz, e noutros sítios de civilização mediterrânica da Idade do Bronze descrita por Homero. Na Ilíada, a cena em que Heitor se despede da sua esposa Andrómaca e do seu filho é particularmente comovente.
Durante a Guerra de Tróia, Heitor matou Protesilau e foi ferido por Ájax. Nos quadros de guerra descritos na Ilíada, ele luta com muitos dos guerreiros Gregos e normalmente (mas nem sempre) consegue matá-los ou feri-los. Quando, sob a assistência de Apolo, ele mata Pátroclo por engano, acreditando ser Aquiles, desbarata todo o exército grego. É aí que se chega a um ponto de viragem no decorrer da guerra…
No entanto, o destino pessoal de Heitor, decretado por Zeus no início da história, nunca está em dúvida. Aquiles, irado pela morte do seu amante Pátroclo, desafia Heitor para um combate que é aceito de imediato pelo mesmo, matando-o no combate somente após uma violenta topada numa pedra que desorienta os sentidos de Heitor. Dessa forma, Aquiles arrasta seu cadáver em volta das muralhas de Tróia. Finalmente, por intervenção de Hermes, Príamo convence Aquiles a permitir que o seu corpo seja recuperado de modo a prestarem-lhe cerimónias fúnebres. O último episódio da Ilíada é o funeral de Heitor, depois do qual a perdição de Tróia é uma questão de tempo.
No saque final à Tróia, como é descrito no Canto II da Eneida, o seu pai e muitos dos seus irmãos são mortos, o seu filho é atirado do cimo das muralhas, por medo que este vingue a morte do seu pai, e a sua esposa é transportada por Neoptólemo para viver como escrava.
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